sexta-feira, 14 de maio de 2010

Andrea Mendonça faz apelo em defesa da cultura

Da Ascom da Camara de Salvador
A vereadora Andrea Mendonça (DEM) fez um pedido a representantes do setor privado e à classe artística da Bahia para que analisem quais as ações possíveis para a defesa do fortalecimento da vida cultural baiana. O pronunciamento de Andrea acontece no momento em que o Governo do Estado avalia o que pode ser feito para evitar o fechamento do Teatro Jorge Amado, na Pituba, em razão de débitos relativos a um empréstimo com a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), concedido em 1997, para a construção do imóvel.
"O eventual fechamento de mais uma casa de espetáculo demonstra a dimensão da crise que atinge este segmento", disse a vereadora. Andrea Mendonça ressaltou que, se as instalações do Teatro Jorge Amado forem a leilão, como está previsto, a fim de cobrir a dívida que chega a R$20 milhões, cerca de 200 apresentações pré-agendadas deixarão de acontecer na capital baiana. "A sociedade baiana e sua classe artística sofrerão a perda deste importante equipamento cultural", afirmou Andrea.
Na opinião da vereadora, não se trata de uma questão isolada. "É preciso analisar o contexto em que este problema ocorre e reconhecer que falta uma eficiente política cultural e uma eficaz articulação do setor privado e classe artística para que atuem como parceiros de uma mesma causa: a revitalização da atividade cultural", explicou.
Andrea Mendonça lembrou que a cidade já perdeu outros teatros. De acordo com ela, o Teatro Acbeu, no Corredor da Vitória, também passa por crise financeira e não recebe espetáculos desde dezembro de 2009, devido à necessidade de reformas em sua estrutura. “O Teatro Aliança Francesa, na Ladeira da Barra, está fechado desde abril e o Xisto, nos Barris, tem portas fechadas desde janeiro. Juntas, as quatro casas somam 1.874 cadeiras”, observou.
Segundo Andrea Mendonça, não é possível assistir ao avanço do processo de esvaziamento do setor cultural, sem que se convoque toda a sociedade à reflexão, análise das consequências a médio e longo prazo, assim como a definição de ações que contribuam para reverter este ciclo e criar novas perspectivas para a vida cultural na Bahia.

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