quarta-feira, 12 de maio de 2010

A cinco meses das eleições, greves pressionam governo

Por Fábio Amato, Maria Clara Cabral e Nancy Dutra, na Folha:
A menos de cinco meses para o primeiro turno das eleições, servidores públicos federais aumentam a pressão sobre o governo para obter reajustes. De acordo com a Condisef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), entre 50 mil e 60 mil servidores estão em greve no país.
A reportagem apurou no governo, em comandos de greve e em associações de servidores um número menor: cerca de 11.500 grevistas (excluindo servidores do Judiciário que estão em greve em oito Estados). Essa marca, entretanto, pode ser superada nos próximos dias já que outras categorias também ameaçam paralisação, entre elas policiais federais e servidores do Poder Judiciário que querem ampliar a greve para todo o país).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou anteontem que não haverá mais reajustes neste ano. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) acusa os grevistas de se aproveitarem do ano eleitoral para “tirar mais um pouco” do governo. Secretário-geral da Condisef, Josemilton Costa disse que a declaração de Bernardo foi “infeliz”. Ele nega que os servidores usem as eleições para obter reajustes. A entidade, lidada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), representa os grevistas nas negociações. O presidente da CUT, Artur Henrique, admite que as eleições contribuem para as greves. Aqui
Judiciário
Em meio à ameaça de greve nacional do Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, esteve ontem na Câmara. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB), negou que ele tenha ido pressionar pela aprovação do projeto que concede reajuste à categoria. A principal reivindicação do Judiciário é aprovação do projeto que trata do plano de carreiras dos servidores federais. O impacto da proposta é de cerca de R$ 6,3 bilhões em 2011. O reajuste médio seria de 56%.

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