Da Veja Online:
O corte nos gastos do governo para esfriar a economia será menor do que o anunciado na semana passada. Ao invés de 10 bilhões de reais, na realidade o corte será de 7,6 bilhões de reais. Com base em suas projeções de receitas e gastos de acordo com os parâmetros macroeconômicos, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou nesta quinta-feira que parte desse corte - 2,4 bilhões de reais - é apenas uma reestimativa de despesas obrigatórias já previstas em itens como pessoal e encargos, e não propriamente um esforço de economia por parte do governo.
O Ministério disse ainda que a meta de superávit primário (arrecadação menos despesas, exceto o pagamento de juros), como proporção do Produto Interno Bruto, não sofreu alterações – ficou em 3,3% do PIB. Isso porque a projeção de receitas do governo também caiu em relação à estimativa anterior, em 9,4 bilhões de reais. Em termos nominais, contudo, a meta primária aumentou 758,3 milhões de reais, por conta da revisão para cima da projeção para o PIB.
Em sua revisão, o governo levou em conta um cenário econômico de maior crescimento e inflação mais elevada em 2010. O prognóstico de expansão do PIB foi aumentado para 5,5%, ante estimativa anterior de 5,2%. Já a previsão de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou de 5% para 5,5% e a pelo IGP-DI avançou de 5,91% 9,14%.
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