segunda-feira, 24 de maio de 2010

Governo pode reduzir preços mínimos do milho, feijão e trigo

Do jornal Valor Econômico reproduzido no site da Faeb:
O governo avalia reduzir os preços mínimos de garantia de milho, feijão e trigo na próxima safra 2010/11, a ser iniciada em julho. A medida, que deve ser submetida ao Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta semana, busca ajustar os valores à redução dos custos das lavouras e evitar "estímulos artificiais" à produção agrícola para poupar recursos do Tesouro Nacional.
A decisão, porém, tem um forte componente político e pode gerar descontentamento nas bases eleitorais de parlamentares ruralistas aliados ao governo justamente às vésperas da disputa de outubro. Além disso, a gestão Luiz Inácio Lula da Silva é mal avaliada por eleitores rurais.
A área técnica do governo avalia que os preços mínimos, sobretudo no caso do milho, foram elevados quando o país sofria os efeitos da crise de alimentos do início de 2008. Na época, era preciso estimular a produção para evitar repiques na inflação. De lá para cá, a situação mudou radicalmente. Os custos de produção eram até 25% maiores do que hoje. E caíram drasticamente, segundo a avaliação. Os preços dos insumos e do petróleo tiveram recuo substancial. As cotações internacionais do milho eram o dobro das atuais. No Centro-Oeste, onde a situação tem exigido cada vez mais intervenções do governo, o preço mínimo de R$ 13,98 por saca já estaria bem acima do custo de produção, estimado abaixo de R$ 12.

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