terça-feira, 24 de novembro de 2009
Bahia defende profissão de jornalista
Ontem (24) pela manhã os jornalistas baianos remeteram a população, na frente da Reitoria da Ufba, aos anos de protestos estudantis de meados e final dos anos 60, com a realização de um ato em defesa da profissão. Estive presente reencontrando amigos-irmãos como Ipojucã Cabral e Roberto Messias, regridindo aos tempos da resistência democrática fixando “praguinhas” de publicidade do movimento na camisa e nos objetos das pessoas do povo que transitavam naquela área. Impressionante a solidariedade popular ao movimento dos jornalistas! Esse mesmo movimento teve greve e manifestações no final dos anos 60 e início dos anos 70 em defesa da regulamentação da profissão. Naquela época de chumbo, a ditadura militar foi sabida e baixou um decreto regulamentando a profissão. Claro, para ter o apoio dos jornalistas, o que nunca teve até quando caiu de podre, nos anos 80. Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou aquele decreto, a exigência do diploma para o exercício da profissão, sob o argumento de que fora um ato jurídico dos tempos autoritários. Isso sem ouvir os maiores interessados, que são os jornalistas. Hoje (25), na CCJ da Câmara dos Deputados, em Brasília, será votado o projeto que reafirma o diploma universitário para o exercício da profissão, ameaçado pela decisão historicamente equivocada do Supremo. A manifestação também esquentou o clima para realização do X Congresso dos Jornalistas da Bahia, que será iniciado sexta-feira, na FTC, na Paralela.
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