quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Salve-salve as aldeias dos caboclos

Os povos indígenas sobreviventes na Bahia participam do “Encontro Pelas Águas”, sexta-feira e sábado, no município de Santa Cruz Cabrália, região sul do Estado, município vizinho a Porto Seguro. O encontro reúne integrantes das aldeias Pataxó (de Porto Seguro), Kiriri Canta Galo, Kiriri de Mirandela (Ribeira do Pombal), Tuxá e Kaimbé (no sertão de Paulo Afonso), Pataxó Hã Hã Hãe (na região do cacau) e Tupinambás, que irão discutir a situação dos rios e bacias hidrográficas das regiões onde vivem, além de construir propostas de políticas públicas para suas comunidades. Os povos indígenas da Bahia sobreviveram à expansão da sociedade nos últimos anos graças a trabalho de antropólogos da Ufba, como Pedro Agostinho, Maria Hilda Paraíso (esposa do coronel PM Paraíso) e outros que esqueci o nome, com os quais convivi para divulgar o esforço que empreenderam pela sobrevivência dos povos indígenas ainda residentes no território baiano. Foram esses antropólogos que sugeriram aos povos indígenas produzir artesanato para a sobrevivência material deles e fugir da miséria. Naquela época, os Pataxó de Porto Seguro ainda estavam confinados exclusivamente à Reserva de Barra Grande, criada na década de 50 pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), fundado pelo histórico Marechal Rondon. É bom lembrar que os caboclos são símbolos da Independencia da Bahia. E merecem respeito!

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