terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Valdemir Santana lembra Walter Smetak na TB

Trabalho de Smetak vira acervo errante
Todos os instrumentos e obras musicais deixadas pelo suíço Walter Smetak na Bahia estão se transformando num acervo errante. Não há previsão exata de quando ganha uma sede para homenagear o músico suíço que foi concertista do conservatório de Viena e que, ao se mudar para Salvador, onde ensinou música na Universidade federal, se transformou no guru do movimento tropicalista.
O músico morreu em 1984 e foi homenageado por Caetano Veloso na música Épico. “Smetak, Smetak, Smetak & Musak, Smetak & Razão”, diz o verso mais conhecido. O acervo deixado por Smetk é tão inusitado quanto a música que criou e ensinou a outros gênios como ele. Todas as peças estavam armazenadas num prédio antigo do Pelourinho, reservado para ser transformado em sede do Memorial Smetak.
Acontece que em agosto do ano passado todo o acervo foi retirado do local e transferido para a exposição Smetak Imprevisto, no Museu de Arte Moderna da Bahia. O evento se transformou num resultado inesperado. As peças saíram do MAM de Salvador e foram para o MAM de São Paulo. Ficou em cartaz o tempo suficiente para o prédio do Pelourinho ser ocupado pela Secretaria de Cultura. De volta a Salvador, as peças ainda encaixotadas foram levadas para o porão do Museu de Arte da Bahia.
Foi um susto para a direção do MAB a chegada do acervo de Smetak em dezenas de caixas. “Mas colocar isto aqui”, teria esperneado em vão a diretora Sylvia Atahyde. Os operários não disseram nem uma nem duas e colocaram as caixas no porão. Estão lá até hoje. E Smetak sem homenagem.

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