quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mãe Stella repudia crime das agulhas

Segundo A Tarde Online, em entrevista coletiva na manhã de hoje (30/12), a Iyalorixá Mãe Stella de Oxóssi, do Ilê Axé Opô Afonjá, condenou o atentado a agulhadas cometido contra o garoto M.S.A, de 2 anos, em Ibotirama, interior da Bahia, e descartou qualquer relação do crime com as religiões de matriz africana. De acordo com a líder religiosa, nenhum ritual do candomblé envolve maus tratos e agressões. No último dia 15 de dezembro, a criança foi internada com dezenas de agulhas no corpo, inseridas por seu padastro, Roberto Carlos Magalhães Lopes. De acordo com Mãe Stella, a religião de matriz africana trabalha com a cura do espírito e não envolve supostos rituais curandeiros. "As pessoas ficam inventando histórias que não existem. Nenhuma religião séria tem esse tipo de prática" disse. A Iyalorixá lamentou ainda o envolvimento de uma suposta mãe-de-santo no atentado. "Muita gente diz que é do candomblé por não haver uma regulamentação da religião e isso só gera mais preconceito", afirmou. Além disso, para Mãe Stella, a interpretação do crime como um suposto ritual de magia negra gera ainda mais equívocos.

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