Reinaldo Azevedo publicou na Veja Online:
"Do Jornal Nacional: A economia do governo para pagar os juros da dívida caiu, em 2009. Para conseguir atingir a meta de 2,5% do Produto Interno Bruto, foi preciso usar aquilo que os economistas chamam de artifícios contábeis. O setor público fechou 2009 com o pior resultado nas contas, desde 2001. A economia do governo federal, estados e municípios para pagar os juros da dívida pública, o chamado superávit primário, não atingiu a meta estabelecida pelo próprio governo de 2,5% do PIB, tudo que é produzido pelo país, e foi de 2,06%, R$64,5 bilhões. Em 2008, o resultado foi de 3,5%do PIB. Foi um resultado ruim, mas poderia ter sido pior. Para ficar dentro da meta, o governo usou várias manobras fiscais. Tirou da conta gastos com investimento e deu como certo o recebimento de dinheiro de ações que ainda dependem de decisão da Justiça. O governo diz que o resultado se deve à crise, porque a arrecadação caiu e as indústrias receberam incentivos fiscais. “Isso não se deu exclusivamente no Brasil, se deu no mundo inteiro. Até que no Brasil se deu com menor intensidade”, observa Altamir Lopes, chefe de departamento econômico do Banco Central. Mas para o economista Adolfo Sachsida, o pior é a qualidade do gasto. Em 2009, os gastos com custeio, o funcionamento do governo passaram de R$105 bilhões. Enquanto os investimentos, que geram crescimento e emprego, ficaram em R$34 bilhões. Ele diz que é importante que a economia, para pagar a dívida, seja real sem truques contábeis. No ano passado, a dívida pública cresceu e chegou a 43% do PIB.“Ficar dentro da meta significa que o estado brasileiro esta diminuindo a sua dívida, ou seja, que os nossos filhos, no futuro, vão pagar menos impostos” explica Sachsida".
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