Comentário de Élio Gaspari:
“A manobra que pode levar Henrique Meirelles à Vice-Presidência na chapa de Dilma Rousseff é pesada, mas pode prevalecer. O presidente do Banco Central tem a simpatia de Lula e é defendido pelo ex-ministro Antonio Palocci. Meirelles serviria de contrapeso às inquietações que Dilma e o comissariado petista disseminaram no empresariado e no andar de cima. Nas últimas semanas, o mercado financeiro tomou-se de súbita paixão por José Serra. Lula, Palocci e Dilma não têm votos na convenção que escolherá a chapa, mas podem recorrer a um poderoso eleitor. Costurando por dentro, o governador Sérgio Cabral viabilizaria Meirelles. Ele tem quatro vezes mais convencionais que a bancada paulista do partido. Henrique Meirelles é e não é um quadro do PMDB, característica que o credencia para o exercício do cargo. Se Cabral emergir como seu grande eleitor, estará habilitado para se tornar uma ponte dourada entre os pleitos do partido e o Planalto num terceiro mandato petista”.
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