O candomblé ganha prestígio na colina sagrada do Bonfim
Chegaram os dias de glória para o candomblé em um nível que nunca se viu em quase 300 anos de história na colina sagrada do Bonfim. Pelo menos a escolha do vice prefeito Edvaldo Brito para coordenador geral dos festejos ao Senhor do Bonfim este ano é celebrada pelos adeptos como puro reconhecimento à importância das religiões afro-brasileiras.
Doutor em Direito, Brito é apontado nos meios jurídicos como um dos melhores advogados tributaristas do país, tendo ocupado o cargo de secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo de 1997 a 2001.
Mas para a cultura e a religião no Brasil, ele é muito mais. Sobrinho da lendária Yalorixá Mãe Bida, ele é babá egbé no Terreiro do Gantois, para os iniciados, detém o mais alto posto masculino no terreiro de candomblé mais famoso do país. Motivo para os tambores comemorarem em grande estilo.
O candomblé foi banido do interior do templo por uma bula papal do século XIX. Tudo porque Roma se incomodou com as manifestações feitas pelos participantes da famosa lavagem. Até recentemente as portas do templo ficavam fechadas durante a famosa lavagem, que é puramente uma celebração de praticantes e simpatizantes da região.
Agora, com o convite feito pela Irmandade do Senhor do Bonfim, que é a principal entidade administradora da igreja, Edvaldo Brito passa a simbolizar o respeito e uma comunhão da Igreja Católica para a religião afro.
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