Com texto de Roberto Macedo:
Um baile popular que resgate os antigos sambas e marchinhas de carnaval, com foliões fantasiados, em pleno bairro do Rio Vermelho. Essa idéia foi levada pelo compositor Waltinho Queiroz ao vice-prefeito e coordenador geral do carnaval de Salvador, Edvaldo Brito. Trata-se do “Carnaval Azul no Rio Vermelho”, a ser realizado na Praça Caramuru e Mercado do Peixe com ensaios semanais a partir de novembro de 2010 e que acontecerá durante os seis dias da folia, em março de 2011. “Penso num grande anfiteatro, reunindo pessoas de todas as idades, todas as famílias, onde vamos homenagear grandes nomes de carnavais passados, como Nélson Maleiro, do bloco Cavaleiros de Bagdá, e Clélia Matos, Rainha do Rádio de 1954, e recordar os grandes desfiles do Jacu e do Barão”, disse Queiroz emocionado, acrescentando que “Salvador não pode continuar refém do modelo único e exclusivo dos trios elétricos, que está liquidando com as manifestações tradicionais da festa baiana. Veja o que está acontecendo com o Rio de Janeiro e Recife, com os moradores retomando a folia nas ruas onde moram”. O compositor pretende realizar os bailes com convidados de todo o país, e muita gente já confirmou presença, como João Donato e Wanda Sá, Roque Carvalho e Rataplán, Cozinha Baiana, Orquestra Paulo Primo, Gerônimo e Armandinho Acústico. Nos planos está também a realização de um festival de marchas e sambas carnavalescos. “A festa começará às 16h e irá até às 22h, para não penalizar o morador do bairro, tanto que penso em ouvir a associação de moradores a respeito do projeto em reuniões que faremos durante todo o ano”, conclui Waltinho, buscando apoio público-privado para realizar o que ele acredita que será um marco histórico no carnaval de 2011. Para o professor Edvaldo Brito, “não se trata de ideia nostálgica, mas de um poeta que tem - como todos eles - sensibilidade aos valores humanos, lembrando a importância histórica de Waltinho Queiroz para o carnaval da Bahia e agradecendo a sugestão, farei tudo o que for possível para discutir com a comunidade e implementá-la”.
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