Análise de Antonio Jorge Moura:
Essa madrugada de Quarta-Feira de Cinzas, início da Quaresma da Igreja Católica, também reverenciada pela diversas vertentes da religião afrobrasileira, período observado pelas igrejas evangélicas como período de lembrança do sacrifício de Jesus Cristo pela humanidade, serve bastante para reflexão. Minha reflexão se volta para a profana festa do Carnaval. Avalio que 2010 foi um marco no qual se expressaram o carnaval dos anos 50/60 do século XX, com os 60 anos do Trio-Elétrico e o Afoxé Filhos de Gandhi; o carnaval dos anos 70, com Armandinho, o Ilê, os Novos Baianos, o Encontro dos Trios na Castro Alves e, especialmente, o retorno de Moraes Moreira; o carnaval dos anos 80, com os 25 anos da Axé Music, o reagee e o trio do rock; e, finalmente, o carnaval do século XXI, com o "vale night", o pagode, a música eletrônica dos DJs, o "rebolation" e o Lobo Mau. É da mistura da nossa criatividade nos anos 50 do século passado com as novas vertentes artísticas do ano 10 do século XXI que sairá o Carnaval Baiano do futuro. Isso ficou provado em 2010!
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