Texto de Aloísio Araújo:
Também o vice-líder da Oposição, deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN), afirmou hoje que a mensagem do governador Jaques Wagner lida na reabertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, mais uma vez, não trouxe nada de novo. “Estamos no quarto e último ano do governo do PT e a mensagem do governador não passa de uma lista de intenções daquilo que o governo promete realizar desde o primeiro ano e que ainda não concretizou. As principais ações apresentadas ainda se baseiam em ações do governo federal. Pouco vimos de realizações do Estado. Vimos um desfilar de conceitos equivocados, um rosário de promessas não cumpridas e baseadas numa propaganda que não consegue refletir a verdade”, enfatizou. Segundo Bacelar, o governador insiste em passar para a sociedade a responsabilidade do insucesso da Segurança Pública. “Wagner ao dizer que para resolver o problema da violência, primeiro precisamos ‘fortalecer os valores da família’ está agindo como quem não quer resolver um problema, e aí define-o de um modo muito complicado e distante de seu poder de intervenção. O nosso modo mais comum de não resolver um problema é ter a seguinte atitude: ‘Para resolver o problema da segurança é preciso transformar as estruturas sociais brasileiras, porque, enquanto nosso país for como é hoje, qualquer iniciativa na segurança será apenas um paliativo, sem nenhum valor. Reconhecer a necessidade de mudar o mundo como precondição para uma realização específica, significa condenar-se à impotência e ao imobilismo. Como não vamos mudar o mundo e o Brasil tão cedo, muito menos a natureza humana, seria mais prudente identificar objetivos factíveis e avançar em sua direção. Um objetivo factível é reduzir a violência, salvar vidas e gerar um ambiente mais saudável, pacífico e respeitoso como nos ensina o antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares”, disse. “Precisamos tornar as polícias melhores do que são, mais eficientes, honestas e confiáveis, menos violentas e capazes de valorizar seus profissionais. Podemos e devemos adotar políticas públicas mais inteligentes e eficientes na prevenção da violência, mesmo com pouco recursos. Devemos combater a lavagem de dinheiro e as conexões entre o crime, a polícia e a política. Ai sim, viveríamos em um país em que pudéssemos andar nas ruas sem medo, num país com menos armas e mais oportunidades, com governos mais decentes e eficientes, em que a estrutura do Estado não se limitasse a secretarias como feudos políticos rivalizando-se entre si, bloqueando a aplicação de políticas públicas eficazes. E fazer com que as leis valessem para todos. Isso é possível, sim. Outros países conseguiram. Várias são as experiências bem sucedidas”, concluiu Bacelar.
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