domingo, 14 de fevereiro de 2010

Notícias sobre violência são contraditórias

As informações sobre a segurança pública no Carnaval baiano de 2010 são bastante contraditórias. A Prefeitura de Salvador e o Governo do Estado divulgam 22 mil PMs atuando na festa, a ação da Guarda Municipal, a atuação numerosa de fiscais dos dois níveis de governo, mas, ao mesmo tempo, informaram no sábado (13), terceiro dia da folia, que os postos de saúde haviam registrado 1.558 atendimentos médicos por agressão física. Um número alto, em três fracos dias de agitação momesca. Sábado, inclusive, estive entre os circuitos Batatinha e Dodô, entre a Praça Municipal e o Campo Grande, e assisti a uma demonstração de força do respeitado (pelos bandidos) e admirado (pelo cidadão honesto) Batalhão da Caatinga, nada mais nada menos que o herdeiro da metodologia de trabalho das Volantes que perseguiram o cangaceiro Lampião nos sertões do Nordeste. Para que esse efetivo se tudo estava tranquilo, segundo as autoridades? Hoje (14) estive na Feira das Sete Portas para comprar barato e ouvir o que as pessoas do andar de baixo andam comentando. Meu amigo Djalma, da Barraca Cantinho de Ogum, foi logo me dizendo: "você tem visto a violência no Carnaval? A barra está pesada". Perguntei: "como?". E ele respondeu na tampa: "é o que o pessoal está dizendo, que está muito violento". Um outro barraqueiro que ouviu a conversa, completou: " É isso mesmo! Chegaram uns turistas do Rio, foram direto no Iguatemi pegar os abadás que haviam comprado, pegaram taxi e vieram para Santo Agostinho, aqui em Brotas. Uns caras viram eles saíndo do shopping, seguiram o taxi numa moto e conseguiram entrar no condomínio. Tomaram tudo deles e apontaram revólver para os porteiros. Sumiram e deixaram os caras chupando pirulito"

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