sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Carlinhos Marighella foi reincorporado à Petrobras

Texto de Antonio Jorge Moura:
O advogado Carlos Marighella Filho há duas semanas foi reincorporado aos quadros da Petrobras na unidade produtora de fertilizantes situada no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, a ex-Nitrofértil.
Marighella Filho foi alvo de perseguição política da ditadura militar então vigente no Brasil, no início da década de 70 do século passado, afastado ilegalmente da estatal e agora reincorporado por decisão judicial.
Não é necessário dizer porque foi vítima de perseguição política.
Apenas lembrar, em homenagem ao pai dele, cujos restos mortais estão depositados numa lápide no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador, que o velho Mariga, filho de negra baiana com italiano, foi um combatente retado do ideal comunista que vigorou no Brasil pós-II Guerra Mundial.
Destemido e intrépido, foi integrante da bancada da Bahia eleita pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946/1947, pós-guerra e pós-Estado Novo getulista.
Dessa bancada, participaram dois outros baianos ilustres: Fernando Santana, que ainda está aí, vivinho da silva, morando num apto de São Lázaro, perto da TV Bahia; e nada mais, nada menos que o escritor Jorge Amado.
Nota do Editor: Em homenagem ao baiano Carlos Marighella e ao ex-deputado estadual do MDB Carlos Marighella Filho, o baiano José Sérgio Gabrielli, que preside a Petrobras e foi perseguido pela ditadura militar de 1964, tem a obrigação moral de guinar Carlinhos Marighella da fábrica de fertilizantes de Camaçari para o gabinete da Presidência da estatal. E designá-lo até para uma unidade da Petrobras no exterior. Justo resgate para quem lutou pela democracia e, por isso, foi perseguido político.

Nenhum comentário: