Fui assaltado!

Texto de Antonio Jorge Moura:
Fui assaltado!
O que acontece com a maioria das pessoas em Salvador, algumas conhecidas, muitas delas nominadas nas páginas dos jornais, nas ondas das rádios e nas matérias de TV, aconteceu comigo.
Saí de casa às 16;30hs, hoje, para levar meu filho caçula, Antonio Jorge Júnior, para o futebol na Escolinha da Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac), na Pituba.
Peguei um micro-ônibus de ar condicionado no ponto em frente ao portão do Quartel de Amaralina e, antes da primeira sinaleira, percebi uma movimentação de passageiros que vinham da parte traseira do veículo.
Imaginei que eram pessoas se preparando para saltar no ponto após a segunda sinaleira, em frente à Igreja dos Mórmons.
Um rapaz parou na escadaria da porta do ônibus, e anunciou, impactando: "gente, isso é um assalto. Não façam nada e entreguem o que têm".
E exibiu uma arma na cintura.
Imediatamente, uma moça morena veio andando pelo corredor com uma sacola aberta, dizendo aos passageiros: "joguem aqui dentro o que têm".
O da frente ordenou ao motorista: "não páre no ponto, siga e entregue o dinheiro da caixa".
Antes da curva do Largo das Baianas, passou pelo corredor do ônibus um terceiro assaltante, branco, com uma tatuagem no braço e arma na mão.
Saltaram e ameaçaram o motorista: "saia logo daqui".
E saíram do ônibus.
Perdi meu celular e R$10 que levava no bolso para pagar a passagem, dinheiro que entreguei aos assaltantes.
A sorte é que não vasculharam minha mochila, onde estavam meus documentos e minha papelada que, se fossem levados, o prejuízo seria maior.
Pensei no caso de Washington José de Souza, jornalista e professor assaltado na Pituba.
Tô ótimo, vivo e saí ileso da experiência.
Antonio Jorge Junior, com seus 11 anos, até agora está tremendo.