De Fabio Graner e Adriana Fernandes, de O Estado de S. Paulo:
O próximo governante do Brasil herdará um País em condições macroeconômicas melhores do que seus dois antecessores, mas terá de lidar com os mesmos problemas econômicos que existem desde a criação do real, em 1994.
São problemas que estão menos nocivos, mas não foram resolvidos em definitivo.
Apesar de crescer e gerar mais empregos, o Brasil ainda tem a maior taxa de juros e seu déficit em conta corrente (que envolve todas as transações de bens e serviços do Brasil com o exterior) cresce rapidamente e já supera o nível de 2002.
Mais: o nível de investimento do governo e do setor privado ainda é relativamente baixo para sustentar um crescimento mais forte do Produto Interno Bruto (PIB), o volume de crédito na economia, mesmo atingindo recordes, ainda é baixo em termos internacionais e, do lado fiscal, a dívida pública líquida cai, mas está acima da média dos emergentes.
E a carga tributária ainda é alta, reduzindo a competitividade das empresas nacionais.
Todos esses problemas, em algum momento, nos últimos 16 anos, motivaram crises e interrupções de ciclos de crescimento do País.
E ainda hoje impedem o Brasil de ter uma média de expansão econômica e de inserção internacional comparável à dos países que hoje são seus principais concorrentes emergentes, a China e a Índia.
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