Texto de Antonio Jorge Moura:
Excelente a entrevista da jornalista Cinthya Medeiros, publicada na edição de maio de 2010 da Revista Business Salvador, com o presidente da Petrobrás, baiano José Sérgio Gabrielli, formado pela Faculdade de Economia da Ufba, com cursos nos Estados Unidos após graduação na escola superior do Largo da Piedade.
Gabrielli é um sobrevivente da resistência democrática à ditadura militar de 64, teve que sair da Bahia e do Brasil - foi para os Estados Unidos e lá fez mestrado - para não ser preso e hoje, provavelmente, estar na lista de desaparecidos ou mortos sob tortura. Aliás, enquanto esteve no exterior, foi um dos símbolos dos que aqui continuaram na resistência.
Gabrielli revela na entrevista informações importantes para a Bahia, como a previsão de investimentos da estatal no Estado, da ordem de R$6 bilhões entre 2010 e 2014. Além da obra de duplicação da usina de produção de biodiesel de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, com gastos da ordem de R$66 milhões.
Segundo ele, considerando a produção de petróleo, a Bahia atualmente divide a quinta posição com Sergipe, com cerca de 46.700 barris/dia. Tem potencial de produção de 11,5 milhõe de metros cúbicos de gás natural, área que receberá R$1,5 bilhão de investimentos nos próximos anos.
Ele disse ainda que, na área do biodiesel, a Bahia tem a melhor resposta de produção de oleaginosas, o que torna competitivo o investimento realizado em Candeias. Além de garantir renda agrícola em todo interior do estado.
Recado para Gabrielli: a Petrobrás tem que tornar-se parceira da Bahia e de Salvador na organização por aqui da Copa de 2014. É o mínimo que o baiano que preside uma das maiores petrolífera do mundo pode fazer pela Bahia. Certamente que o espírito do colega dele e criador da Petrobrás, economista Rômulo Almeida, ao saber que a estatal vai ajudar o brilho da Copa em Salvador, vai abrir aquele sorriso de satisfação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário