domingo, 4 de julho de 2010

Povos indigenas da Bahia devem sobrevivencia a Pedro Agostinho

O Globo Ecologia, atraves do Canal Futura, apresentou na manhã de hoje um programa sobre a saga do povo Pataxo, na Aldeia da Jaqueira, em Porto Seguro, extremo-sul da Bahia.
Mostra o resgate de tradições e da lingua falada pelos ancestrais Pataxo. A Aldeia da Jaqueira foi formada por tres mulheres oriundas da Aldeia da Coroa Vermelha, localizada em Santa Cruz Cabralia, criada no final dos anos 70 pelos indios para fugir da miseria na Aldeia de Barra Grande, criada ainda nos tempos do SPI - Serviço de Proteção ao Indio - da Era de Getulio Vargas.
Relatos que ouvi na gravação do programa foram os mesmos que ouvi nos anos 70 do seculo XX sobre a saga Pataxo.
A sobrevivencia, nos dias atuais, do povo Pataxo, assim como do Pataxo Hã-Hã-Hãe, no coração da região do cacau, do Kiriri, do Kaimbe e do Tuxa, no sertão baiano, deve-se muito a uma figura, o antropologo de origem portuguesa Pedro Agostinho, do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia.
Pedro Agostinho estudou os povos indigenas da Bahia numa epoca em que vivam na miseria, esquecidos pela sociedade, nos anos 70 do seculo passado. Foi dele a ideia dos indios fazerem da confecção de artesanato instrumento para que pudessem sobreviver, exatamente quando começava a explosão do turismo comercial no Estado. E sugeriu a organização das comunidades indigenas naquele periodo de luta pela redemocratização do pais.
Esse e um resgate historico. A defesa dos povos indigenas da Bahia fez parte da luta pela redemocratização do Brasil. Os povos indigenas da Bahia, hoje fortalecidos, e as ONGs que os ajudam, precisam prestar justas homenagens a memoria de Pedro Agostinho e a figuras como a antropologa Maria Hilda Paraiso. O busto de Pedro Agostinho pode ser colocado no centro de Coroa Vermelha. E apenas uma ideia!

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