segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cepal alerta que AL corre risco de se tornar dependente da China

Da agência Efe:
BRASÍLIA - A Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) inaugurou ontem, 30, seu 33º período de sessões em Brasília e alertou os países da América Latina sobre o risco de uma "nova dependência", não mais do Estados Unidos, mas da China, que se tornou o principal parceiro comercial da região.
"Até o ano 2000, a China era um parceiro menor, mas hoje é um dos principais e, em alguns dos países da região, chegou a tomar o posto dos EUA", disse a secretária executiva da Cepal, a mexicana Alicia Bárcena.
Segundo a secretária executiva, a América Latina e o Caribe devem aproveitar "a experiência acumulada em décadas gloriosas e em outras perdidas" e impedir que se repita com a China o erro que os tornou regiões com uma enorme dependência econômica e comercial dos EUA.
Para isso, é necessário avançar para uma diversificação dos mercados de exportação, mas também em direção a um modelo de desenvolvimento que aposte na inovação e na tecnologia para agregar valor às matérias-primas, que são a maior fonte de riqueza da região, afirmou Alicia.
"A América Latina não pode passar de uma dependência para outra e deve superar a maldição dos recursos naturais, que em diversas épocas e países gerou a chamada 'doença holandesa', como é conhecido o impacto maléfico da exportação de recursos naturais na industrialização do país", disse a secretária executiva da Cepal.

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