segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Museu Rodin recebe socorro

Da coluna de Valdemir Santana, na Tribuna da Bahia:
Um dos maiores especialistas em restauro do país, o paulista Raul Carvalho, do “Atelier Raul Carvalho”, chega a Salvador, nesta segunda-feira, para esclarecer o enigma dos estragos encontrados nas peças em gesso da coleção “Auguste Rodin, homem e gênio” do Museu Rodin Bahia – Palacete das Artes. “Só após examinarmos e compararmos a evolução dos estragos, vamos ter um diagnóstico sobre a necessidade ou não das peças voltarem a Paris”, contou o restaurador com exclusividade, ontem. Os estragos nas peças em gesso são pontos de ferrugens que aparecem em pelo menos duas das figuras do conjunto “A Porta do Inferno”, que os especialistas consideram a obra máxima de Auguste Rodin, escultor parisiense que morreu em 1917. O aparecimento dos pontos de ferrugem foi notícia exclusiva da Boa Terra, que surpreendeu os círculos culturais com a revelação no início do mês de abril. Eles teriam surgido na estrutura interna, em ferro, das peças e projetados gradativamente na superfície. Quando a coluna mostrou o problema nas peças da coleção Auguste Rodin, o secretário da Cultura, Márcio Meirelles, divulgou que os restauradores locais resolveriam o problema. Mas acontece que Carvalho é o responsável técnico oficial pelas peças no Brasil. “Eu fui a Paris e examinei minuciosamente todas as peças antes do embarque, acompanhei o transporte e fui a Salvador acompanhar também a montagem das peças no Palacete das Artes”, detalhou.

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