Da Ascom da SecultBA:
A Ordem Terceira do Rosário de Nossa Senhora às Portas do Carmo–Irmandade dos Homens Pretos completa 325 anos de fundação com o seminário “Ouvi o Clamor deste Povo Negro”.
O seminário comemorativo será realizado na Biblioteca Pública do Estado, no bairro dos Barris.
E conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado.
Trata-se uma ação sócio educativa que tem o objetivo de comemorar a data, contribuir com a cidadania e o desenvolvimento cultural e social das comunidades afrodescendentes.
O evento acontecerá nos dias 16 e 17 das 18hs às 21hs e no dia 18 das 8hs30 às 12hs.
“Estamos honrados em apoiar a realização do seminário em comemoração aos 325 anos da Irmandade dos Homens Pretos, assim como temos a satisfação de executar, através do Ipac, a obra de restauração da Igreja, dentro do PRODETUR – um programa do Ministério do Turismo fundamental para o nosso Centro Histórico”, afirmou o secretário Márcio Meirelles.
“As irmandades foram e continuam sendo importantíssimas para nossa cidade. No caso da Irmandade dos Homens Pretos, ela nos orgulha com seu histórico de luta pela dignidade e valorização dos negros”, completou.
De acordo com o prior da irmandade, Júlio César Soares da Silva, o momento de celebração é ideal para a compreensão da história da congregação.
“O objetivo principal deste evento é contribuir para uma maior e melhor compreensão da nossa memória e realidade em que vivemos na Venerável Ordem Terceira do Rosário de Nossa Senhora às Portas do Carmo e em seu entorno”, disse o prior.
“Ao longo do tempo, temos buscado o ideal de uma sociedade justa, fraterna e igualitária para todos, onde pessoas de todas as idades, sexo, etnias e religião são acolhidas sem qualquer tipo de discriminação. São 325 anos de preservação, manutenção e vivência de um vasto, rico e belo conjunto de tradições e costumes, muitos dos quais trazidos da Mãe África por negros e negras que para aqui vieram resultantes da grande diáspora negra, ocorrida entre os séculos XVI e XIX, período de vigência do regime escravocrata brasileiro”, enfatizou Júlio César.
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