Texto de Antonio Jorge Moura:
Sou morador da orla de Amaralina e recebi de pessoas de credibilidade relatos dos acontecimentos em torno da morte de quatro pessoas, domingo passado, na rua 7 de Março, no Nordeste de Amaralina, na capital.
Esses relatos me permitiram concluir que a Polícia Militar realizou uma operação anunciada.
Ou seja, foi uma tragédia anunciada.
As denúncias de tráfico de drogas na rua, que tem escolas próximas e até o Estadual Cupertino de Lacerda, eram conhecidas.
Eram objeto de relato por telefone a programas de TV, tipo Bocão e Na Mira, por pessoas assustadas com o crescimento do crime.
As drogas eram vendidas de dia à noite em meio à passagem de trabalhadores, estudantes e donas de casa.
Na semana das mortes, a Rondesp esteve na área fazendo investigações.
Policiais avisaram à vista e ouvidos de moradores que a PM iria voltar de madrugada e quem estivesse na rua poderia ser considerado do tráfico.
Na madrugada de sábado para domingo a PM entrou por duas vias: pela própria 7 de Marco e pela 5 de Novembro, esta uma baixada do visado Vale das Pedrinhas.
No ponto de encontro das duas ruas, houve o confronto.
Morreram dois moradores e dois bandidos.
Agora, as duas ruas estão sob vigilância de câmeras 24 horas.
E os traficantes que sobraram já avisaram a moradores que vão para outra área da cidade.
Sobrou para coitada de Dona Ana.
Dois bandidos caíram mortos dentro da varanda da casinha dela.
A senhora, de 72 anos, está com a pressão sanguínea na estratosfera.
Teve até febre emocional;
Uma pessoa super-ativa, apesar da idade, não faz sua caminhada pela orla e passou o dia de ontem na cama.
Quem vai lhe restiutuir esse prejuízo existencial?
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