De Helga Cirino, de A Tarde Online:
O número de presos por tráfico de drogas na Bahia cresceu 20,5% em um ano e nove meses, saltando de 1.796 para 2.156 de janeiro de 2009 para setembro de 2010, de acordo com dados da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).
O Estado vem seguindo a tendência do Brasil que em 2006 tinha 45 mil e em 2010 passou a ter 85 mil internos em presídios brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Justiça (MJ), divulgados este mês.
Os dados originaram uma polêmica entre especialistas em segurança, representantes da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e defensores dos direitos humanos.
Aumento da criminalidade ou mudanças na Lei de Tóxico (de 2006) que impossibilitou ao acusado de tráfico o cumprimento de serviços comunitários como penas alternativas?
Para o superintendente de assuntos penais da SJCDH, Isidoro Orge, o crescimento é uma consequência da proliferação do uso de entorpecentes na Bahia.
“Coincidiu com o surgimento do crack. É uma droga de fácil acesso”, lamentou.
Segundo o superintendente, a nova lei é rigorosa mas ainda não conseguiu conter o avanço da criminalidade em decorrência da proliferação do crack.
A opinião do superintendente de assuntos penais é semelhante ao do delegado Cleandro Pimenta, diretor do Departamento de Tóxicos (Denarc).
“Muita gente migrou de outras modalidades de crime para o tráfico de drogas por ser muito lucrativo”.
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