quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Feirantes de São Joaquim temem especulação imobiliária e pedem ajuda ao vice-prefeito

De Roberto Macedo:
Os comerciantes de São Joaquim estão como medo de serem obrigados a abandonar o local, no momento em que a feira vai passar por uma total requalificação.
A direção do Sindicato dos Feirantes procurou o vice-prefeito Edvaldo Brito pedindo a intervenção do jurista para resolver o problema.
Hoje, existem 7.200 comerciantes em São Joaquim, sucessora da Grande Feira, a Feira de Água de Meninos, que pegou fogo.
A reforma de São Joaquim será feita em sete etapas pelo governo federal.
Em cada etapa, os feirantes da área específica que estiver sofrendo intervenção serão transferidos para o galpão 10 da Codeba, onde ficam enquanto a obra não é concluída.
O presidente do sindicato, Marcílio Costa Santos, disse que os feirantes estão muito apreensivos com o investimento do governo federal, porque até hoje não foi garantida a posse dos comerciantes.
"E a feira é um local muito cobiçado pela especulação imobiliária. Imagine que até a ponte Salvador-Itaparica pode sair dali”, declarou.
A feira surgiu na década de 1930, na área do galpão 7 da Codeba.
Depois, foi transferida para Água de Meninos, em 1960, no terreno onde está a Feira de Automóveis, concessionárias, a área de conteiners do Porto de Salvador e a sede da Polícia Federal.
Um grande incêndio destruiu as instalações em 1964, quando então a feira foi transferida para a enseada de São Joaquim, onde permanece até hoje.
Segundo os diretores do sindicato, depois do incêndio, os comerciantes assinaram um Termo de Contrato que dava garantia de permanência no local durante 40 anos, que está vencida.
“O que queremos é assegurar que vamos permanecer no local, trazendo tranquilidade para nós e nossa família”, disse Erivaldo Rodrigues dos Santos, diretor do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes de Salvador.
O terreno hoje é de domínio da União e a feira está em processo de tombamento.
O jurista Edvaldo Brito vai ajudar os comerciantes:
“Entendo que os feirantes me procuraram porque atuo há 46 anos como consultor jurídico da Federação do Comércio do Estado da Bahia, tendo convivido com Pedro Sobral, então presidente do Sindicato dos Feirantes na consolidação da situação que hoje eles pretendem efetivar e, assim, posso hoje como vice-prefeito atuar no sentido de o município assegurar os direitos dos feirantes”.

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