sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Instituo ACM já funciona no Terreiro de Jesus

De Jairo Costa Júnior, do Correio da Bahia:
Salvador, abril de 1974.
No gabinete do então governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, chega uma carta, hoje amarelada pelo tempo.
O texto é direto, sem delongas, no estilo característico do autor:
"De longe, acompanho com imenso interesse o que você realiza e não quis perder esta oportunidade de lhe enviar (...) uma palavra de afeto, de admiração e de confiança na sua ação de extraordinário e eficiente homem público. Com o meu abraço, sou o amigo de sempre, Juscelino Kubitschek".
A carta, enviada dois anos antes da morte de JK, é apenas um entre os milhares de registros históricos que integram o acervo do Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Memória (IACM), que foi lançado na manhã de hoje, um dia antes do aniversário do mais atuante e polêmico político baiano.
"O instituto terá dois objetivos: divulgar a memória de ACM enquanto empreendedor e atuar naquilo que era uma de suas maiores qualidades, o faro certeiro para descobrir e formar talentos para a iniciativa pública", afirma o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), presidente da entidade.
Ele conta que o lançamento do instituto concretiza um sonho acalentado pela presidente de honra do IACM, a viúva do político baiano, Dona Arlette Magalhães.
Foi ela quem sugeriu à família criar um espaço capaz de, ao mesmo tempo, disseminar para as novas gerações as qualidades de ACM como gestor e ajudar a compreender a história política do Brasil através da trajetória de quem esteve na linha de frente de quase todos os eventos importantes da Velha e Nova República.
"Ninguém melhor do que ela, que viveu mais de 50 anos ao lado do senador, para cuidar da missão do instituto", afirma o vice-presidente da entidade, Luis Eduardo Magalhães Filho.
Instalada no primeiro andar de um sobrado do Terreiro de Jesus, a sede do instituto abriga apenas o memorial e o setor administrativo, que vai tocar os projetos de formação de gestores.
Lá, o visitante entrará em contato com cartas, documentos, fotografias e vídeos que abrangem cinco décadas de vida pública de ACM, com foco em sua atuação como administrador.

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