De Adriana Fernandes e Fabio Graner-O Estado de S.Paulo:
Em dificuldade para chegar ao superávit primário prometido para este ano (3.3% do PIB), o governo vai usar o processo de capitalização da Petrobrás para turbinar a receita da União, garantir o cumprimento da meta fiscal e responder às desconfianças do mercado.
A engenharia financeira, relatada ao Estado por pelo menos três fontes do governo, foi montada para tornar viável o aumento de capital da Petrobrás e, ao mesmo tempo, render uma receita extraordinária ao Tesouro Nacional.
É o investimento do BNDES na capitalização da estatal de petróleo que vai ser contabilizado como receita extra da União.
A engenharia para obter esse dinheiro será assim: o governo vai receber R$74,8 bilhões pela venda de 5 bilhões de barris de petróleo à Petrobrás, a chamada "cessão onerosa".
Paralelamente, a Petrobrás venderá R$74,8 bilhões em ações para a União e o BNDESPar, o braço do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que cuida das participações acionárias.
O dinheiro que o BNDESPar injetar na Petrobrás será contabilizado como receita extraordinária da União.
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