terça-feira, 1 de junho de 2010

Campanha de Dilma à sombra dos novos aloprados

Gerson Camarotti, Maria Lima, Jailton de Carvalho e Roberto Maltchik, de O Globo:
O comando da campanha presidencial da petista Dilma Rousseff trabalhou nas últimas horas para tentar abafar uma crise que poderia ter consequências explosivas.
No meio de uma disputa interna de poder, entre o grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o do deputado estadual Rui Falcão (SP), foi abortado um suposto dossiê, cujo alvo principal seria Verônica Serra, filha do pré-candidato tucano, José Serra.
Na campanha de 2006, petistas comandaram a tentativa de compra de um falso dossiê contra o mesmo Serra, que disputava o governo de São Paulo, no caso que ficou conhecido como o escândalo dos aloprados do PT - como os petistas presos com quase R$ 2 milhões em dinheiro vivo para comprar o suposto dossiê foram chamados pelo presidente Lula.
Agora, a suposta elaboração e circulação de um dossiê contra a filha de Serra pôs em situação delicada o jornalista Luiz Lanzetta, sócio da Lanza Comunicação, empresa contratada pela campanha de Dilma.
Reportagem da revista "Veja" desta semana revelou que houve uma tentativa, que teria partido do grupo de Lanzetta, de montar na campanha do PT um esquema de espionagem de adversários e até de correligionários.
Ao GLOBO, integrantes da campanha de Dilma confirmaram a queda de braço entre Pimentel e Rui Falcão, mas negaram o esquema de espionagem.
Pimentel teria sido o responsável pela contratação de Lanzetta, que conheceu em 2008, por meio do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), durante a campanha de Márcio Lacerda (PSB) para a prefeitura de Belo Horizonte

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