Texto de Antonio Jorge Moura:
A propósito do debate suscitado pelo decreto do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, ordenando a carga e descarga de mercadorias em Salvador, é preciso registrar a arrogância das empresas cervejeiras, que se recusaram a cumpri-lo e reagem com rebeldia através da imprensa.
Antes de mais nada, o prefeito está certo! Foi correto ao baixar o decreto e está certíssimo na reação às cervejeiras, que têm que obedecer a lei e fim de papo.
Um taxista que conhece o comportamento dos motoristas dos "tanques urbanos" usados para fazer entrega de bebidas, que não hesitam em fechar a rua e fazer esperarem ele terminar de descarregar a mercadoria, concorda com essa avaliação.
Para ele, o prefeito precisa reagir à arrogância e fazer o mesmo que ocorreu com a lei que proíbe uso exagerado de veículos equipados com potentes equipamentos de som: colocar na estratosfera o valor da multa por carrego e descarrego fora do horário estabelecido por lei. Quando a lei começar a doer no bolso das cervejeiras, elas irão se tornar cordeirinhas e obedecer rapidinho.
Que o prefeito não se impressione com o choro delas. E que acrescente ao horário do carrego e descarrego, decreto sobre o modelo e tamanho de caminhões que podem e que não podem ser usados para esse serviço dentro do perímetro urbano. E proibir carreta e os chamados caminhões-truncados dentro da cidade.
Um comentário:
Será que é choradeira mesmo? O senhor ao menos leu o decreto? Ele não determina tamanho nem local onde é permitida a entrega durante o dia. É assim que funciona em todas as outras cidades que tem decretos parecidos. A única alternativa deixada pelo "bravo" prefeito é a entrega noturna. O senhor acha mesmo possível com a segurança que temos, o tranporte público inexistente e que os pequenos varejos mantenham equipes noturnas de recebimento? Pense um pouco antes de comentar, não aja pela emoção e vendo apenas um aspecto.
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